O Fusca, é mais que um carro.
Branquinho, pequenino, gordinho, assim é meu Fusca, quando entro nele, viajo para o horizonte, ganho a estrada.
Devagar e sempre, vou apreciando os verdes, o azul do céu, o longo cinza do asfalto.
Ele é meu confidente, é testemunha de todas as minhas ações, e até dos mais íntimos pensamentos...
Minha família admira-o e são gratos por sua força, embora simples nos carrega por todo canto da terra.
Que felicidade é nos finais de semanas e feriados, o fiel companheiro, está lá firme, pronto para enfrentar as mil e umas aventuras, são morros, pedras, buracos, lamas, enfim, campos ou praias, lá vamos nós.
Pic-nic são rotinas, camping, serenos, beira de rio, não há problemas e a bagagem então, até parece uma tartaruga, levando a casa nas costas...
Fotos e mais fotos e ele está lá sempre presente, e ele aparece em quase todas, bonito, limpinho, companheiro da família, econômico e durão. Às vezes penso em trocar de carro, mas esse amigo “baixinho” tem tantas histórias para contar, que se tornou parte da família, ou melhor, relíquia de família.
Seu valor é sentimental, é claro que isso não é adoração, mas é que seu conforto se torna indispensável, afinal uma família precisa de uma condução particular.
Quanto mais penso em trocar nossa condução, mais penso nas aventuras vividas e desisto, a segurança que temos em ir e vir livres de preocupações determina a continuidade do nosso Branquinho, no seio da família, por mais um bom tempo...
Elisabete LaurianoVotorantim / SP
2005
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