quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Enlace das palavras...

Oh! Solidão, dê-me tua mão, fica comigo, pois preciso de ti...
Preciso de tua presença, de tua inspiração para poder expandir meus pensamentos...deixar sair meus lamentos...sem constrangimentos...
É no tempo de ócio, que se criam as fantasias, os êxtases, as ilusões, é nessa fração do tempo em que as palavras se cruzam, se misturam, dançam, se espalham e se enlaçam nos ares, mares, cantares...
É necessário deixar explodir no peito todos os sentimentos, deixar vazar...escorrer...derramar...para fora...para o ar...para o outro olhar...
Imagine-se como que jogando tintas multicoloridas ao ar, cores que se cruzam, e espalham dando formas alegres, bizarras, brilhantes, fosforescentes, translúcidas, e ao mesmo tempo ofuscantes...
Este pequeno ser não comporta tantos pensamentos, tantos conhecimentos, tantas experiências vividas, tantas coisas percebidas e, portanto, vencidas...
É necessário expandir, dividir, expor...demonstrar o sabor...
Escrever, falar, viver...o amor...
Comentar sobre esse sentimento, não esconder o sofrimento...enfrentar, superar os aborrecimentos, de tudo enfim, extrair o melhor, extrair o néctar a vida, o experimento...
É a vida vazia?
Poderá uma vida ser vazia?
Poderá ser a vida sem sabor, não existir nada para a compor?
Não, não.
Engana-se quem pensa que a vida não tem sentido...
Preste bem atenção em ti.
Olhe bem ao seu redor...respire...observe, quanta vida há...
Quanto movimento, quanta transformação...
Pondere a importância de todas as coisas...
Pondere a tua própria importância...
Imagine quanta vida há em alguns centímetros quadrados...Imagine a importância da matéria...
Reflita sobre a importância do universo, reflita sobre a ordem, harmonia que nele há...
Reflita sobre a grandeza e poder Daquele que Tudo criou...
Deixe esses pensamentos, essa reflexão crescer, expandir, avolumar...de asas a sua imaginação...deixe que o universo invada sua alma...
Não basta somente voar mentalmente no infinito, tem que deixá-lo adentrar em sua existência...e então, somente então, perceberá a grandiosidade deste dom que te pertence...
 
Elisabete Lauriano
Agosto/2013

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