sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Salmo 77

Elevo a Deus a minha voz, e clamo, elevo a  Deus a minha voz, para que me atenda.
No dia da minha angústia procuro o Senhor; erguem-se as minhas mãos durante a noite, e não se cansam; a minha alma recusa consolar-se.
Lembro-me de Deus e passo a gemer; medito, e me desfalece o espírito.
Não me deixas pregar os olhos; tão perturbado estou, que nem posso falar.
Penso nos dias de outrora, trago à lembrança os anos de passados tempos.
De noite indago o meu íntimo, e o meu espírito perscruta.
Rejeita o Senhor para sempre?
Acaso não torna a ser propício?
Cessou perpetuamente a sua graça?
Caducou a sua promessa para todas as gerações?
Esqueceu-se Deus de ser benigno?
ou, na sua ira, terá Ele reprimido as suas misericórdias?
Então disse eu: Isto é a minha aflição: mudou-se a destra do Altíssimo.
Recordo os feitos do Senhor, pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade.
Considero também nas tuas obras todas, e cogito dos teus prodígios.
O teu caminho, ó Deus, é de santidade.
Que deus é tão grande como o nosso Deus?
Tu és o Deus que operas maravilhas, e , entre os povos, tens feito notório o teu poder.
Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José.
Viram-te as águas, ó Deus; as águas te viram e temeram, até os abismos se abalaram.
Grossas nuvens se desfizeram em água; houve trovões nos espaços; também as suas setas cruzaram de uma parte para outra.
O ribombar do teu trovão ecoou na redondeza; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu.
Pelo mar foi o teu caminho, as tuas veredas pelas grandes águas, e não se descobrem os teus vestígios.
O teu povo, tu o conduziste, como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão.

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