sexta-feira, 18 de maio de 2012

Reservas de Água no Brasil e no Mundo

No tocante às reservas de água existentes no globo pode-se afirmar que jamais irão aumentar, pois a quantidade verificada na atualidade é a mesma que havia há milhões de anos, com o diferencial de que hoje a população do globo aumentou e a pouca água disponível é de difícil acesso e inadequada para o uso em diversos pontos do mundo, visto que a interferência do homem foi grande, o que contribuiu para inutilização da mesma para o uso dos seres vivos.

A medida que a qualidade cai e a escassez aumenta, o homem continua sendo um ser constituído de cerca de 60% a 70% de água, ou seja, uma pessoa com 100kg tem, portanto, entre 60 e 70 kg deste elemento em seu corpo, considerando-se 1 litro de água = 1 kg de peso.

O Brasil detém cerca 12% da reserva hídrica do Planeta, com disponibilidade de 182.633 m3/s, além de possuir os maiores recursos mundiais, tanto superficiais (Bacias hidrográficas do Amazonas e Paraná) quanto subterrâneos (Bacias Sedimentares do Paraná, Piauí e Maranhão).

O potencial hídrico ainda conta com a presença de chuvas abundantes em mais de 90% do território, aliadas a formações geológicas que favoreceram a gênese de imensas reservas subterrâneas, como também possibilitaram a instalação de extensas redes de drenagem, gerando cursos de água de grandes expressões.

Todavia, as águas são distribuídas de forma irregular pelo território brasileiro, enquanto a Amazônia conta com 78%, a Região Sudeste conta com somente 6%.

Além disso, o país é afetado tanto pela escassez hídrica quanto pela degradação dos recursos causada pela poluição de origem doméstica, industrial e agrícola. Assim, como os demais países em desenvolvimento, o Brasil apresenta baixa cobertura de serviços de saneamento e sistemas de abastecimento com altas taxas de perdas físicas. Ainda existem nas cidades, vilas e pequenos povoados, 40 milhões de pessoas sem abastecimento de água e 80% do esgoto coletado não é tratado. Calcula-se que, para cada metro cúbico de água captado nos rios, apenas metade chega ao consumidor.

A quantidade de água doce no mundo está estimada em 34,6 milhões de km3 (ref. 1km3 corresponde a 1 trilhão de litros), porém somente cerca de 30,2% (10,5 milhões de km3) podem ser utilizados para a vida vegetal e animal nas terras emersas (água doce subterrânea, rios, lagos, pântanos, umidade do solo e vapor na atmosfera). O restante, cerca de 69,8% (24,1 milhões de km3) encontra-se nas calotas polares, geleiras e solos gelados.

Dos 10,5 milhões de km3 de água doce, aproximadamente 98,7% (10,34 milhões de km3) correspondem à parcela de água subterrânea, e apenas 0,9% (92,2 mil km3) corresponde ao volume de água doce superficial (rios e lagos) diretamente disponível para o consumo humano.

Esse volume é suficiente para atender de 6 a 7 vezes o mínimo anual que cada habitante do Planeta precisa, considerando a população atual de 6,4 bilhões de habitantes.

Observe-se a existência de uma distribuição heterogênea: 50% nas regiões intertropicais, 48%, nas zonas temperadas e 2% nas zonas áridas e semi-áridas. Além disso, as demandas de uso também são diferentes, sendo maiores nos países desenvolvidos.

Por fim, note-se ainda que a distribuição relativa dos recursos hídricos no globo está definida da seguinte forma: 27% América do Sul, 26% Ásia, 17% América do Norte, 15% Europa, 9% África, 4% Oceania, 2% América Central.

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