quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Como matar um Amor



Solvendo uma xícara de chá ...me veio na lembrança...dores e flores...doçuras e amarguras...palavras...palavras...atos...compactos...
O amor não foi sustentado...foi abandonado...mal tratado...ficou desnutrido...convertido...mal fadado à morte...lenta...negra...com o  tempo...consumido...desvalido...
Ah! Amor traído...desprezado...rechaçado...expurgado...que triste fim...tanto amor...acabar assim...num leito de amor...depois de falsas juras...num momento divino...
Ah! Trocas...e beijos...friamente escarnecido...usado...cuspido...escarrado...a lâmina da ironia num corte certeiro e profundo chegou ao âmago de minh’alma matando o amor no leito, com um jeito...maligno...ferino, com prazer de magoar...numa troca...fez a troca do meu nome que   não cabia, não podia...salientar...o segredo foi à tona...naquele momento tão puro e que deveria ser sereno...tornou-se obscuro...magoado o amor, traído num momento de devaneio...veio as claras o que estava escuro...e desfez-se o amor em lágrimas copiosas...pelo engano da palavra...
A magia do amor desfez-se...um terror apoderou-se...desejo de fuga...desejo de revidar...desejo de escapar das entrelaçadas ...desejo de vomitar...nojo...nojo...é o que sinto quanto em meu pensamento vem tais atitudes...matou-se o amor no leito...espadas incandescente transpassou o peito, pela espada da traição, se matou um grande e puro amor...
Oh! Dor pungente...as mentiras...as juras...foram ao chão...como o sangue de um pobre e desprezado coração...tudo se acabou...findou...nada sobrou...só lembranças que não se apagam não...ficam para lembrar de não mais acreditar...naquele que toda a vida mentiu...usou...usufruiu...de um amor que inocente, tudo suportou paciente esperando ser amado...de igual para igual...usando desculpas para não partir...e ainda permitir-se ter esperanças vãs...esperando uma mudança...um novo porvir...
Que  tristeza descobrir assim a traição de um coração...que julgava me amar...
Ah! Suportei demais...esperei demais...ouvi demais...acreditei demais...me humilhei demais...te permiti demais...me anulei...demais...demais...em nome de um amor que nunca tive...nunca tive...nunca recebi...não houve troca...só uso...abuso...
Que absurdo!!!...não sei o que esperava...talvez somente que um dia viesse a ser amada...igual...de tal a tal...afinal...amei demais...amei demais...  
Tudo fiz para sustentar e ainda nutrir... um amor que já moribundo...apodrecido...carregava...sem nenhuma diferença ou reconhecimento...pois já havia o falecimento...este sentimento...que sem nada ter a fazer...a não ser... enterrar no profundo do inconsciente...para não mais sofrer...

Elisabete Lauriano
Votorantim/SP
2010

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