quarta-feira, 19 de outubro de 2011

História Infantil

O ataque de Tina Taner.



Uma doída, de quatro patas, uma gata comum preta e branca com manchas marrom por todo peludo corpo felino.
Criada desde “bebezinho”, alimentada com conta-gotas de leite, com carinho, atenção e muito amor, seus “pais” o Luciano e a Sonia, sempre lhe dedicaram toda a atenção, mas a gata doida, era brava demais, atacava quem lhe atravessasse a frente, era unhadas e mordidas para todos os lados.
Imagine, essa gata, o “baile” que deu quando foi dar cria, pois é...No dia certo, na hora certa a Tina, começou a miar, miar sem parar. E a dona da casa, estava trabalhando, pensei:
-“ Sobrou para mim”.
Criei coragem e desci até lá...
Ela ronronou agradecida e anunciando a hora do nascimento de seus filhotes, arrumei o ninho e ela me olhando e ronronando, miando, não aceitou...
Preparei vários lugares para ela criar e não foram aceitos, eu ameaçava sair do quarto e ela se agarrava as minhas pernas com desespero, não querendo ficar sozinha.
Não teve jeito, arrumei a cama de meu filho, numa última esperança de acordo, forrei com plástico e com os panos dela e então, enfim foi aceito o ninho aconchegante, iniciou o trabalho de parto, passou-se as horas e nada.
O Ivan meu filho, entrou lá para ver se já havia nascido os filhotes e Tina saiu do ninho como louca e lhe mordeu e arranhou ambas as pernas, ele saiu correndo e lhe atirando o tênis...
Passou mais três horas e nada, a minha filha Viviane, curiosa também desavisada entrou no quarto, para ver se estava tudo bem, afinal eu estava refém da Tina.
Aí  foi o caos, ela viu a Viviane e já roncou brava, de repente pareceu no quarto a Cyhanny, nossa cachorra Rotewaller, filhotona carinhosa e boba, pronto...A gata enlouqueceu, da cama pulou no focinho da Hanny,e deu-lhe tantas mordidas, que perdi a conta.
A Viviane tentou separar a briga, e a gata, ou melhor, a leoa, se revoltou contra a minha filha, e caiu de dentes nas pernas da menina.
Eu toquei a cachorra, fechei a porta da sala e corri socorrer a Viviane que estava aos gritos de terror e de dor. Então prevenida peguei na gata com um pano, para livrar minha filhinha, e levei umas mordidas no braço.A Viviane com as pernas toda mordida e arranhada fugiu assustada, não acreditando no que estava acontecendo...
Eu fiquei lá, levando mordidas e tentando acalmar a gata, afinal já estava quase nascendo o filhote no meio daquelas brigas todas.
Então cansada de levar mordidas, deixei-a sozinha...
A Sonia chegou e ainda o filhote não havia nascido, já a noitinha gritou minha nora, que as patinhas traseiras do filhote haviam saído, e a gata mãe estava morrendo.
Lá fomo nós, eu e meu esposo, fazer o parto de emergência.
Quando a Tina nos viu, se agitou, querendo nos morder, embora já sem forças.
Não teve jeito tivemos que tampar a cabeça da gata com uma toalha segurar-lhes as patas e então pude retirar o gatinho, que estava com a traseira toda de fora, sem força de nascer.
Enfim o martírio acabou, o único filhote nasceu e estava tudo bem com ele, apesar do estresse passado antes e durante o parto.
Nós dois saímos rápido do quarto, para evitar novos ataques, afinal agora ela já estava refeita das dores e do incômodo do parto.
Pena que o filhote durou poucos dias, e morreu vítima de uma queda.
Bem, a nossa parte nós fizemos, mesmo debaixo dos ataques de Tina Taner...
                                    Elisabete Lauriano
                                       Votoratim/SP
                                           2005                                                                                                    

Nenhum comentário:

Postar um comentário