quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Poesias

Amantes

Na penumbra de um pequeno cômodo...almofadas ao chão...roupas atiradas as pressas...espalhadas...sem conexão...ao chão...ao chão...não no colchão... no tapete... no móvel... qual? Qualquer um...não importa...só importa...o teu cheiro...teu sabor...teu calor...teu suor...na penumbra...braços...abraços... corpos...suores...amores...amantes...amando...suas mãos...a percorrer meu corpo...inerte...cansado...suado...largado...consumido pelo desejo...assim quero ficar... fica em mim...assim...sem fim...
Nossos  corações batem agora num mesmo ritmo...nossos fôlegos...ritmados..às vezes disparados...num frenesi...e devagar...juntos chegando ao mesmo fim...
Sentimento ...do corpo...da alma...do espírito...amor...quem explica?...quem interpreta?...quem descreve?...o que se sente durante o amor...um corpo completando o outro...numa troca...num acordo...num jogo... num fogo... 
Fogo devorador...consumidor...mentes confusas...não pensam...bocas devoram, corpos deslizam...mãos afobadas agarram...pernas se entrelaçam...amor se faz...amor se produz...amor se forma...amor conforma...amor completa...amor...conforta...sustenta...satisfaz...um amor voraz...satisfaz...apraz...de refazer é capaz...
Na penumbra...atrás  da cortina azul, e carmesim, na sombra...da luz do luar...no chão... da vastidão...no canto...na relva...na areia...no mar...na água... no campo...no morro...na cabana...na choupana...no navio... no pequeno barco...no quarto...não importa o local...importa só o casal...o resto do mundo é banal... 



 Elisabete Lauriano

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