sábado, 22 de outubro de 2011

Pipas no ar





Sonhos, sonhos no ar, como pipas, voam, dançam, sobem, somem no azul do céu...

Não é proibido sonhar, basta ficar com os pés no chão e os sonhos a voar...

Observar, versar, solfejar...

Um ponto, um pingo, um traço, um travessão...

Quanta expressão...

Quantos sentimentos escondem, um verso, uma estrofe.

Oh! Quanta emoção...

As palavras, letras, juntas, separadas, formam e revelam o coração!

Um ponto, um pingo, um traço, um travessão...

Interpretam a dor do coração...

A alegria, o riso, o pranto, se escorre pela pena e a tinta, que borra, faz o borrão e mostra o sangue quente, que lateja da ferida da alma triste, que se alegra, por poder se misturar ao branco do papel...

Assim o poema, do poeta vai se alastrando como perfume ao ar, levando consolo além das fronteiras e quem sabe até a reposta, para aquele que se encontra em aflição...



Elisabete Lauriano 
Vot / 2007                            

Nenhum comentário:

Postar um comentário